Conhecido por tocar em temas controversos em sua carreira, faleceu aos 80 anos o diretor que enfrentou a censura japonesa para rodar seus filmes.
Considerado pelo Instituto Britânico de Cinema como um dos maiores diretores da nova onda do cinema japonês, faleceu nesta terça-feira, 15, Nagisa Oshima, aos 80 anos, vítima de uma pneumonia.


Apesar de toda a controvérsia, Oshima foi reconhecido em seu próprio país, sendo premiado em diversos festivais e indicado pela própria Academia de cinema local. Seu filme O Império da Paixão, também com narrativa erótica, foi indicado a Palma de Ouro em 1978, rendendo ainda o prêmio de Melhor Diretor em Cannes. O festival francês, inclusive, voltaria a ter outros três títulos dele entre os indicados: Furyo, Em Nome da Honra(1983), Max, Meu Amor (1986) e Tabu (1999).
Furyo, Em Nome da Honra recebeu ainda outras indicações, foi premiado e, para quem não se recorda, foi protagonizado pelo cantor David Bowie, vivendo um prisioneiro de guerra no Japão em plena Segunda Guerra Mundial. Em 1996, o cineasta sofreu um derrame, mas recuperado chegou a rodar mais um filme, Tabu, tocando novamente nas "feridas" ao abordar o homossexualismo entre os samurais.
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